37 - BARBASCO Pterocaulon virgatum (L.) DC (Asteraceae)
37- Barbasco – Pterocaulon virgatum (L.) DC (Asteraceae)
Planta herbácea ou subarbustiva, anual ou bianual, de 40 a 80 cm de altura. Apresenta caule ramificado, ereto, alado e recoberto por pubescência acinzentada. Folhas simples, dispostas de forma alterna, em formato de lança, revestidas por penugem branca em ambas as faces, margens serreadas. Flores localizadas no ápice dos ramos, em inflorescências arredondadas e acompanhadas por brácteas foliares, muito próximas umas às outras. Fruto seco com coroa de pelos brancos e sedosos.
Às vezes cresce de forma ondulante e seu caule parece a cauda de algum réptil, mas em geral cresce reto como um espigão áspero e austero, para no fim terminar com as flores, que parecem um tipo de penugem. Em um terreno que costumava explorar, tinha um conjunto mais denso desta planta que apelidei de Sagrada Família, porque a composição retorcida sugeria as torres da catedral do Gaudi. Gosto de ver o caule alado como no caso da carqueja, mas com uma textura mais áspera que sobe até terminar na penugem das flores.
Distribuição: Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil, vegetando inclusive em locais ocupados com lavouras e pastagens.
Situação em São Paulo: Tida como invasora ou daninha, mas sem apresentar densas populações.
Como plantar: Pode-se fazer um transplante ou usar as sementes e espalhar pelo chão, com germinação ocasional.
Usos: Interessante no paisagismo de cerrado, devido à sua rusticidade e capacidade de tolerar solos muito pobres e secos. É uma das plantas daninhas mais comuns do centro-oeste, não formando, contudo, densas infestações. Suas folhas acinzentadas se destacam na paisagem. É fonte de néctar para diversos polinizadores no começo do outono, quando floresce abundantemente.
LORENZI, H. PLANTAS DANINHAS DO BRASIL: TERRESTRES, AQUÁTICAS, PARASITAS E TÓXICAS. INSTITUTO PLANTARUM. NOVA ODESSA, SP, 4ª ED. 2008. 672P. IL.
MOREIRA, H. J. C.; BRAGANÇA, H. B. N. MANUAL DE IDENTIFICAÇÃO DE PLANTAS INFESTANTES–HORTIFRUTI. SÃO PAULO: FMC AGRICULTURAL PRODUCTS, 2011.
Capins-rabo-de-burro, no Cerrado Infinito da Nascente.
Acho linda quando ela começa a brotar, com essa cor rosinha, se trata de uma das plantas mais vagabundas e ruderais desta lista, tem em qualquer terreno baldio.
É uma planta interessante, no Cerrado Infinito plantei várias. acho que que deveria se popularizar no paisagismo, mas como precificar uma planta tão fácil que dá em qualquer lugar?
A estrutura que se forma na sua floração é bem interessante, já vi ela no cerradão profundo, bem "peluda". Reprodução fácil.
Coletando sementes de capim Rabo de Burro, não tem segredo, terrinha, sol, e uma boa irrigação, e BUM! Você terá centenas de mudas!