39 - BEGÔNIA DO BREJO Begonia cucullata Willd. (BEGONIACEAE)
39- Begônia-do-brejo – Begonia cucullata Willd. (BEGONIACEAE)
Erva terrestre, de aspecto suculento, de até 1 m de altura, sem pilosidade, caule ereto. Folhas com estípula persistente, ovais, 5 a 6 cm de comprimento e até 5,5 cm de largura, com 7 a 8 nervuras, verdes na superfície superior e avermelhadas na face inferior. Flor em geral rosada com flores masculinas e femininas. O fruto é uma cápsula, com alas distintas entre si.
As sementes dessa planta nascem na terra que vem junto ao se coletar outras plantas. Muito comum, já vi na mata atlântica, em campos úmidos e em brejos, mas também no meio de campos de cerrado. Do meu jardim, onde alguns se estabeleceram, começaram a se espalhar pela vizinhança, nascendo em frestas na calçada. Essa primeira dispersão em menos de um ano chegou a uns 15 metros, agora vou acompanhar essa nova geração para ver se a área se amplia e com isso saber a velocidade com que ela poderia se espalhar pela cidade.
Fico imaginando a cidade tomada por begônias-do-brejo e talvez comece a jogar sementes por ai.
Distribuição: Apresenta ampla distribuição por toda a América do Sul prefere locais úmidos como campos de Várzea e Matas de Galeria.
Situação em São Paulo: Comum, por vezes usada como ornamental, espontânea em localidades úmidas e sombreadas.
Como plantar: Enterre as sementes e regue bem, gosta de umidade e de matéria orgânica.
Usos: Usada como ornamental, além de possuir folhas e flores comestíveis de sabor muito ácido Por sua grande velocidade de crescimento, é uma planta para ser plantada inclusive em vasos, ficando pendente quando muito comprida. Ideal para cultivo em canteiros sombreados ou vasos em janelas. Das folhas e flores pode ser feito geléia ou ainda, usá-las em um vinagrete pouco convencional.
DURIGAN, G. PLANTAS DO CERRADO PAULISTA: IMAGENS DE UMA PAISAGEM AMEAÇADA. PÁGINAS & LETRAS EDITORA E GRÁFICA, 2004.
WANDERLEY, M.G.L.; MARTINS, S.E. (COORDS.) BROMELIACEAE IN: MELHEN, T.S. ET AL. FLORA FANEROGÂMICA DO ESTADO DE SÃO PAULO. INSTITUTO DE BOTÂNICA, SÃO PAULO, VOL. 5, PP: 39-162, 2007.
Capins-rabo-de-burro, no Cerrado Infinito da Nascente.