38 - BRANQUEJA Pterocaulon lanatum O. Kuntze (Asteraceae)
38- Branqueja – Pterocaulon lanatum O. Kuntze (Asteraceae)
Planta herbácea ou subarbustiva, anual ou bianual, de 60 a 120 cm de altura. Apresenta caule ramificado, ereto, alado e recoberto por penugem acinzentada. Folhas simples, dispostas de forma alterna, em formato de lança, com margens serreadas e revestidas por penugem branca em ambas as faces, sendo em maior quantidade na face inferior. Flores localizadas no ápice dos ramos, compostas por pequenos grupos arredondados e acompanhadas por brácteas foliares. Fruto seco com coroa de pelos brancos e sedosos.
Vi esta irmã da branqueja em um terreno infestado de braquiárias, onde se destacava, por sua textura quase aveludada e uma forte coloração verde claro que parecia fosforescente com a intensa luz do sol.
Era curioso, parecia que a planta tinha uma “presença” diferente ali, talvez fosse impossível para mim parar de olhá-la, e se tornou um ponto de referência toda vez que entrava naquele espaço. Talvez com algumas plantas eu estabeleça um certo vínculo, ao visitar periodicamente o local onde se encontram. Provavelmente falaria bom dia se ela falasse, mas não quero dar a impressão que sou um desse malucos que abraçam árvores. Minha relação com as plantas não tem esse tipo de afeto “humanizador”. Mas confesso que fiquei triste quando ao voltar vi que fizeram uma fogueira do lado dela e não sobrou muita coisa.
Distribuição: Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil, vegetando inclusive em locais ocupados com lavouras e pastagens.
Situação em São Paulo: Tida como invasora ou daninha, sem apresentar densas populações.
Como plantar: Pode-se fazer um transplante ou usar as sementes e espalhá-las pelo chão, com germinação ocasional.
Usos: Interessante no paisagismo de cerrado, como coadjuvante de outras espécies. Plantada em maciços fica com aspecto formidável, tanto pela aparência e pelo toque macio como lã, quando pelas folhas de coloração que muda de acordo com as condições de cultivo, e muitas vezes chega a a ficar ligeiramente prateada. Planta interessante para jardins sensoriais, porque é muito macia ao toque e se regenera com muita facilidade
LORENZI, H. PLANTAS DANINHAS DO BRASIL: TERRESTRES, AQUÁTICAS, PARASITAS E TÓXICAS. INSTITUTO PLANTARUM. NOVA ODESSA, SP, 4ª ED. 2008. 672P. IL.
MOREIRA, H. J. C.; BRAGANÇA, H. B. N. MANUAL DE IDENTIFICAÇÃO DE PLANTAS INFESTANTES–HORTIFRUTI. SÃO PAULO: FMC AGRICULTURAL PRODUCTS, 2011.
Capins-rabo-de-burro, no Cerrado Infinito da Nascente.