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30 - CANDEIA Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera (ASTERACEAE)

30- Candeia – Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera (ASTERACEAE)

 

Árvore de porte médio (até 10 m), troncos e ramos tortuosos, casca muito espessa e rugosa, com fissuras profundas. Os ramos, quando jovens, são esbranquiçados e cobertos de pilosidade, com textura áspera. Folhas simples, alternas, ovais a lanceoladas, de 12 cm de comprimento por 4 cm de largura, ápice agudo, marcadas por pilosidade esbranquiçada intensa na face inferior da folha. Flores pálidas, reunidas em capítulos na ponta dos ramos, e frutos do tipo aquênio de pequenas dimensões.

 

Uma das árvores mais características do cerrado e que ainda persiste dentro da malha urbana, sugerindo fragmentos de cerrado em velhos terrenos baldios. Ao entrar em uma área repleta delas é interessante perceber que nenhum tronco é igual ao outro, todos são rugosos e retorcidos, dando um efeito de movimento interessante.

Distribuição: Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Bahia e Ceará.

Situação em São Paulo: Ocorrência em terrenos baldios, algumas vezes com porte considerável, e muitas vezes tida como planta espontânea.

Como plantar: Recolher as sementes antes de cair e plantar em lugar ensolarado, com possibilidade de germinação de 30% a 50%, emergindo em torno de 2 meses.

Usos: Recomendada para paisagismo urbano, por suas raízes profundas e copa aberta, mas não em calçadas por conta do seu tronco tortuoso. Suas folhas são usadas na medicina popular em xaropes para tosse, para gripes e para problemas digestivos. Seus galhos são muito valorizados para serem usados em cercas, resistentes ao apodrecimento. Mas o grande negócio é a sua madeira, fonte de óleo essencial extremamente valorizado pela indústria cosmética pela ação anti-inflamatória, calmante e indicada para peles sensíveis. Por conta disso, o manejo e domesticação da árvore hoje em desenvolvimento é a única solução para evitar a sua exploração predatória.

 

LORENZI H 2002. BRAZILIAN TREES: AUTOMATIC IDENTIFICATION AND CULTIVATION OF WOODY PLANTS IN BRAZIL. 4TH ED. INSTITUTE PLANTARUM, NOVA ODESSA, P. 384.

ALMEIDA, S.P. ET AL. CERRADO: ESPÉCIES VEGETAIS ÚTEIS. PLANALTINA: EMBRAPA-CPAC, V. 464, 1998.

DURIGAN, G. PLANTAS DO CERRADO PAULISTA: IMAGENS DE UMA PAISAGEM AMEAÇADA. PÁGINAS & LETRAS EDITORA E GRÁFICA, 2004.

RISSI, H. C. PROPOSTAS DE MANEJO E RESTAURAÇÃO DA RESERVA ECOLÓGICA DE CERRADO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, CAMPUS CAPITAL; INICIAÇÃO CIENTÍFICA; (GRADUANDO EM ECOLOGIA) – INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS, USP; 2013.

YOUSSEF, J. ET AL. GOCHNATIA POLYMORPHA: MACRO-AND MICROSCOPIC IDENTIFICATION OF LEAF AND STEM FOR PHARMACOGNOSTIC QUALITY CONTROL. REVISTA BRASILEIRA DE FARMACOGNOSIA, V. 23, N. 4, P. 585-591, 2013

Capins-rabo-de-burro, no Cerrado Infinito da Nascente.

Coletando sementes de capim Rabo de Burro, não tem segredo, terrinha, sol, e uma boa irrigação, e BUM! Você terá centenas de mudas!

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