15 - JACARANDÁ-PAULISTA Machaerium villosum Vogel (LEGUMINOSAE)
15 - Jacarandá-paulista - Machaerium villosum Vogel (LEGUMINOSAE)
Árvores de 5 a 15 m, caule sulcado, produtor de cortiça e casca grossa. Folhas com 10 a 23 folíolos, oblongos a lanceolados, de 5,6 a 9,4 × 1,7 a 2,2 cm, alternos, de textura áspera. Inflorescência em panícula, partindo da axila das folhas, pendente, com flores pequenas, na cor branco-esverdeado. Fruto de 5,5 a 9,1 cm, alado, tecnicamente chamado de sâmara, com formato de uma espada. Floresce de novembro a janeiro e frutifica de maio a agosto.
Qual seria o jacarandá típico da cidade de São Paulo? Com sua bela floração azul arroxeada, o popular jacarandá mimoso ou jacarandá mimosifolia é na verdade uma planta mais própria da Argentina. Já a elegância mais discreta do jacarandá paulista se tornou mais rara de se ver na cidade. Por que não ficarmos com os dois? Na cidade as duas espécies poderiam ser hermanas, uma vez que o mimoso é comportado e não se torna invasor, enquanto o paulista, além de participar da estética urbana, pode enriquecer áreas nativas. Um exemplo positivo de diversidade biológica e cultural
Distribuição: Nativa do Piauí e Goiás até o Paraná. Encontrada em cerrado, cerradão e em bordas e interiores de matas. Floresce de novembro a janeiro e frutifica de maio a agosto. Botões florais observados em novembro e dezembro, simultaneamente com frutos imaturos. É uma planta em estado vulnerável de conservação.
Situação em São Paulo: Escassa, mas encontramos alguns exemplares em uma área de cerrado na zona sul da cidade.
Como plantar: Plantio por sementes logo após a coleta, germinando em torno de 30 dias. De lento desenvolvimento inicial, pode ser transferida depois de 8 meses para local com luz direta.
Usos: Árvore de bonito porte, usada para arborização de parques e para paisagismo. Entre as madeiras nobres é uma das mais respeitadas.
WANDERLEY, M.G.L.; MARTINS, S.E. (COORDS.) BROMELIACEAE IN: MELHEN, T.S. ET AL. FLORA FANEROGÂMICA DO ESTADO DE SÃO PAULO. INSTITUTO DE BOTÂNICA, SÃO PAULO, VOL. 5, PP: 39-162, 2007.
Capins-rabo-de-burro, no Cerrado Infinito da Nascente.
Primeiros capins rabos de burro plantados por seres humanos em São Paulo!!! Culturalmente este capim é uma praga e sempre foi eliminado. Todos pensam assim, jardineiros, paisagistas, hortelãos, pecuaristas, etc. Não deixa de ser irônico conseguir convencer pessoas a pegar na enxada para plantá-los. Tem coisas que entendemos melhor usando as mãos, a atividade manual é uma extensão mental, importante de várias formas. Muita gente tem constrangimento em usar uma enxada, como se fosse uma questão
Foi uma das primeiras espécies que introduzimos, logo no começo do projeto. Depois de algumas semanas, já adaptadas, alguém botou fogo nos capins, uma recado de que não seria fácil mudar a cultura sobre eles.
Com as chuvas os capins se recuperaram rápido, logo produziram sementes e começaram a nascer por todo lado.
No começo os jardineiros da prefeitura eram uma ameaça, já existia um histórico de conflitos com outras iniciativas de plantar na praça. Eles cortavam tudo entre 5 cm e a copa das árvores, mas logo entenderam do que se tratava. Muitos tinham vindo de áreas rurais, da Bahia, do Nordeste e conheciam as plantas. Talvez a saudade da paisagem de origem tenha ajudado eles a entenderem a proposta, Passaram a preservar as plantas do Cerrado Infinito.
O capim rabo-de-burro é uma espécie que gosta de água, e recorrente na beira de lagoas, e várzea dos rios.
Coletando sementes de capim Rabo de Burro, não tem segredo, terrinha, sol, e uma boa irrigação, e BUM! Você terá centenas de mudas!
Encontrei uma árvore de jacarandá paulista, era pequena mas já dava frutos, e tinha algumas mudas ao redor, coletei algumas, foi difícil, estavam numa terra muito dura. Sobreviveu uma muda, que espero logo seja plantada no Cerrado Infinito. A planta mãe foi destruída e o terreno virou um condomínio.