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27 - JURUBEBA Solanum paniculatum L (SOLANACEAE)

27- Jurubeba – Solanum paniculatum L (SOLANACEAE)

 

Arbusto ereto, de até 2,5 m de altura, com espinhos esparsos de até 1 cm. Possui ramos cilíndricos, cobertos de fina pilosidade. Folhas simples, de 5,0 a 25 x 3,5 a 9,5 cm, levemente aveludadas, por vezes espinhudas, pecíolo de 2,5 a 4,0 cm comprimento, , rígidas e com textura de papel cartão, recortada e com forma irregular, em geral pontiaguda, com a face inferior esbranquiçada e repleta de penugem macia. Inflorescências ramificadas, de mais de 20 flores, brancas ou liláses. Fruto tipo baga, semelhante a um pequeno jiló de 1,5 cm de diâmetro, não envolvido pelo cálice, coberto com ligeira pilosidade macia, como a casca do pêssego.

 

Incrível pensar que é parente da berinjela. Fico pensando se não dá pra fazer um tipo de babaganuche de jurubeba ou talvez um patê, mas talvez seja melhor deixar para os pássaros, para quem ela é uma importante fonte de alimentação. Os pássaros também são muito importantes para a planta, ajudando a dispersá-la. Muitas plantas introduzidas no Cerrado Infinito podem se espalhar pela cidade dessa forma e se tornarem comuns. Quanto mais jurubebas, mais pássaros que dispersam mais jurubebas e atraem mais pássaros, ajudando a equilibrar o ambiente urbano.

Distribuição: Nativa na América do Sul, encontra-se por todo o território nacional.

Situação em são Paulo: Encontrada em terrenos baldios e beiras de estradas, com comportamento invasor.

Como plantar: Jogue as jurubebas e não se preocupe, é uma planta bem anárquica, nasce onde quer.

Usos: Por vezes cultivada como ornamental e para consumo de frutos em conserva, tidos como tônico amargo digestivo para acompanhar pratos mais pesados com arroz, feijão e carne. Usada para aromatizar bebidas com sabor extremamente amargo; a mais famosa, a Leão do Norte, é misturada com vinho de uva, numa receita que existe desde os anos 1920.

 

AGRA, M. F.; NURIT-SILVA, K.; BERGER, L. R. FLORA OF PARAIBA, BRAZIL: SOLANUM L.(SOLANACEAE). ACTA BOTANICA BRASILICA, V. 23, N. 3, P. 826-842, 2009.

Capins-rabo-de-burro, no Cerrado Infinito da Nascente.

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